

Chamo-me Rosalina, tenho 33 anos, sou operária fabril e mãe de dois rapazes de 12 e 14 anos.
O meu quotidiano é pautado por 12
horas de trabalho. Saio por volta das 6H30 e regresso pelas 20H30.

ainda me restam as tarefas domésticas e a atenção que devo prestar aos meus filhos.
É uma vida dura, cheia de trabalho e poucas compensações.
Oa meus filhos são o sinónimo do meu quotidiano, pois ficam entregues a si próprios, sem qualquer atenção ou afecto.
Para meu infortúnio, num domingo à tarde juntaram-se mais uma vez com o grupo de amigos que costumam frequentar.
Havia um jogo importante que opunha os dois clubes mais importantes e rivais da cidade.
E aconteceu...
No calor da discussão, uma pedra voou e atingiu mportalmente um rapaz da outra claque.
Já nâo se levantou!
O meu filho foi preso e o outro foi aenterrar.
Duas mães, duas situações, duas perdas!
Estamos perante dois casos semelhantes, mas não completamente iguais. Duas mães perderam os seus filhos. Um deles ficou entregue ao criador e outro às mãos da justiça. A mãe do filho detido é muito trabalhadora, tendo que deixar os filhos à sua sorte e ir trabalhar para os sustentar. A sua angústia é agora ainda maior do que quando apenas não tinha tempo para dar afecto aos filhos, pois agora, perante uma decisão muito egoísta, no meu ver, da mãe que perdeu a presença do seu filho na sua passagem pela vida terrena, está privada de ver o seu filho pois este está preso longe de casa impedindo-a de o visitar. É certo que a mãe que perdeu o seu filho está angustiada e com muita dor, mas não está certo esta estar alastrar o seu sentimento a outra pessoa, ainda por cima voluntariamente.
ResponderEliminarAchei esta história muito lúdica e simbólica.
Um abraço,
André Castro
Podemos ver nesta situação uma coisa em comum, ambas as mães por via de uma situação de infortúnio perderam os filhos, uma porque este morreu e outra não o irá perder pela morte mas sim pela actuação da justiça. Na minha opinião neste dilema apoio a mãe do que foi preso porque toda a mãe deve ter o direito de ver o seu filho, não obstante a situação em que este se encontre esta deverá puder apoiá-lo pois é esse o dever dos pais.
ResponderEliminarAchei a situação comovente e um verdadeiro problema de direitos humanos..
Joana Ferreira
Dizes bem André, embora por outras palavras, que o que está aqui presente é a rudeza da vida que alguns levam para tentarem ter uma vida mais decente e as mais das vezes para sobreviver.
ResponderEliminarÉ neste contexto que nos cabe a nós seres humanos inverter estas situações de não vida.
Temos que repensar a situação da escola que existe para formar cidadãos conscientes e responsáveis.
Já pensaste que se aquele jovem estivesse habituado a respeitar e a cumprir as regras a sua revolta poderia ter sido controlada e canalizada noutro sentido?
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."
ResponderEliminarDeclaração Universal dos Direitos do Homem
Conforme é referido no artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem devemos agir uns com os outros tal como a Joana faz em escolher um dos lados. É difícil aplicar as directivas do artigo 1º, pois somos sempre tentados a tomar partido por aqueles que nos parecem mais frágeis.
Perante estes factos somos obrigados a reflectir exaustivamente para não atropelarmos os citados direitos.
"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade."
ResponderEliminarDeclaração Universal dos Direitos do Homem
Conforme é referido no artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos do Homem devemos agir uns com os outros tal como a Joana faz em escolher um dos lados. É difícil aplicar as directivas do artigo 1º, pois somos sempre tentados a tomar partido por aqueles que nos parecem mais frágeis.
Perante estes factos somos obrigados a reflectir exaustivamente para não atropelarmos os citados direitos.