

A injustiça é perene. A falta de justiça também.
António Barreto, Discurso de 10 de Junho de 2009
Partindo deste pressuposto, cabe-nos continuar a pensar na situação das duas mães, ambas com direitos.
De que forma há-de actuar a justiça, sabendo nós que é cega?
Cabe ao Estado assegurar a segurança de todos os cidadãos.
Como?
Fazendo distinções?
Sendo cega e ninguém estando acima da lei, qualquer cidadão deverá ser responsabilizado por todos os seus actos e aceitar as normas em vigor.
Contudo, e segundo António Barreto, o mundo dos homens é injusto.
Pertence-nos o dever de informar e formar.
Para a civilidade de costumes, contra a decadência moral e cívica, pela recompensa ao mérito e a punição do favoritismo.
Temos que pensar que na sociedade de hoje em dia a avaliação da pessoa como pessoa é tambem por sua vez perene. Actualmente, a sociedade observa as pessoas através da perspectiva legal, isto é, da justiça. É certo que existe uma declaração apelidada de Declaração Universal dos Direitos do Homem (DUDH) mas, a justiça como a conhecemos, é uma justiça que pune quem comete algum delito, que é realmente a sua função, mas por vezes esta actua de forma insensata. Só de pensarmos numa familia , como nos Estador Unidos, que recebe uma noticia que dá como inocente um familiar seu que fora condenado á morte e executado faz-nos logo pensar que a justiça devia ser algo mais! Algo mais sensato , pensado, enfim, algo mais JUSTO! Pensando no caso das duas mães e seus respectivos filhos tenho a dizer que, acho que é inevitável e considero talvez justo que o filho seja condenado pelo seu delito, mas penso também que pelo menos a justiça não deve ceder a um capricho. Um capricho de alguém que sofre mas que não será para sempre e que poderá fazer com que outra pessoa sofra ainda mais, pois, é inevitável que uma pessoa acabe por aceitar a perda de uma pessoa querida que falece pois sabemos que esta não está mais connosco enquanto que uma pessoa que não contacta com alguem importante para si mas que ao mesmo tempo sabe que está a perder tempo da relação faz que esta sofra mais. Concluo que a lei irá ser certa se condenar o jovem sem cedendo a uma atitude egoista da outra mãe, pois estes crimes têm que realmente ser punidos,pois, há que manter a ordem publica , servindo estes casos infelizes como exemplo.
ResponderEliminarAbraço,
André Castro
Cabe à justiça "fazer justiça", isto é, condenar quando deve condenar e punir os erros contra a própria humanidade e a ordem pública.
ResponderEliminarA justiça é feita de homens para homens, logo não é isenta de falhar (o Homem é um ser subjectivo).
Quande referes "capricho", no nosso entender não está aplicada no momento mais certo e correcto. Não podes perder de vista que ambas têm os mesmos direitos, independentemento dos factos em análise.
De acordo com a filosofia platónica temos que nos centrar no bem-estar humano que remete para a vontade de justiça. Como refere Ramiro Marques "em duas entidades: nas leis, que proporcionam as regras necessárias para a vida em sociedade; nas pessoas dos agentes da justiça", isto é, os que a aplicam.